Os investidores de ações na Bolsa de Valores passaram a agir com mais cautela em fevereiro, fazendo o Ibovespa recuar no mês, em relação às máximas recentes. As informações são de reportagem do jornal Valor Econômico publicada no início de março. Embora o comportamento não signifique revisão das apostas de crescimento da economia ou do lucro das empresas, o otimismo não é o mesmo do visto no começo de 2019, segundo o texto.

O fim de fevereiro foi agitado tanto no cenário internacional quanto no local, para o mercado financeiro. Com isso, o principal índice da Bolsa recuou 1,77% no último dia do mês, encerrando o período em 95.584 pontos.

Na país, um dos elementos de pressão foi o comentário do presidente Jair Bolsonaro admitindo que a idade mínima na Reforma da Previdência poderia ser negociada. Outro item foi a divulgação do resultado do PIB brasileiro de 2018, considerado fraco. “Isso diminui as apostas de que a economia possa crescer mais de 2% neste ano. Força um ajuste negativo para a Bolsa, sobretudo depois do otimismo grande que guiou as estimativas de expansão para perto de 3%”, disse ao Valor Econômico Vicente Zuffo, CIO da SRM.

O gestor de fundos também afirmou à publicação que “uma reforma da Previdência boa, com uma boa economia fiscal e um ‘timing’ rápido pode trazer um choque de confiança no segundo semestre, mas a atividade ainda está patinando.”

Fonte: Valor Econômico