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O Copom manteve sua linha de atuação e a Selic em 6,5% na primeira reunião sob o governo Bolsonaro.

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, encerrou ontem, 06/02 sua primeira reunião dentro do novo governo Bolsonaro, mas ainda sob a Presidência de Ilan Goldfajn – que permanece no cargo até a aprovação pelo Senado dos novos diretores e do futuro Presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

De forma geral, as deliberações do Copom seguem a linha das anteriores, com manutenção da taxa básica de juros em 6,5% e poucas alterações nos diagnósticos e na agenda de riscos destacados pela autoridade monetária.

As projeções para o IPCA em 2019 permanecem abaixo da meta definida para o ano, tanto no cenário chamado “de referência” (que usa como referência os preços de mercado da data da reunião) como “de mercado” (que considera as projeções coletadas pela pesquisa Focus). Já para 2020, as projeções no cenário de mercado convergem para a meta, embora no de referência fiquem abaixo, tendo sido revisadas para menor em relação à reunião anterior.

O Copom destaca que existem riscos para a trajetória inflacionária em ambas as direções (para cima e para baixo), mas que há uma assimetria que torna mais relevantes os riscos “para cima” (ou seja, que haja surpresas que levem a números inflacionários mais altos do que os originalmente previstos). Por um lado, há dúvidas sobre o ritmo de crescimento da economia num cenário de ociosidade muito elevada, mas por outro, há forte dependência da aprovação de reformas estruturais e da evolução do cenário global.

Nesse contexto, mantemos a visão de que o cenário mais provável é de manutenção da taxa básica Selic em 6,5% também nas próximas reuniões do Copom.

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