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Inflação pode vir novamente abaixo da meta em 2019.

A tendência para os próximos meses é que o comportamento da inflação se mantenha benigno. E é possível que o IPCA encerre este ano, novamente, um pouco abaixo da meta – que, por decisão do CMN, foi reduzida para 4,25% em 2019. Essa leitura decorre do resultado do indicador do IBGE em 2018 e do Boletim Focus, do Banco Central, divulgados na última sexta-feira e nesta segunda, respectivamente.
No último mês do ano, a inflação brasileira teve variação de 0,15%, acelerando em relação à taxa negativa de novembro (-0,21%). Mas, ainda assim, foi muito baixa: a menor para um mês de dezembro desde 1994, ano em que foi implementado no Brasil o Plano Real.

Entre os principais grupos, a principal aceleração observada em dezembro veio de Alimentação e Bebidas. Mas outros grupos relevantes como Transportes e Habitação voltaram a registrar variações negativas, pressionados para baixo pelos preços de combustíveis e energia elétrica, que recuaram no período. Indicadores de núcleo inflacionário, que eliminam influências temporárias e sazonais, também continuam bem-comportados.

No acumulado de 2018, o IPCA ficou em 3,75%, patamar sensivelmente inferior à meta definida pelo CMN para o ano (de 4,50%). Os dados do Focus divulgados hoje mostram que as expectativas continuam em linha com o boletim anterior. A mediana das previsões dos analistas de mercado é que o IPCA encerrará 2019 em 4,02%, ante 4,01% no relatório da última semana. O Focus levou em conta a opinião de 110 profissionais.
Nesse contexto, fica mantido o cenário básico de manutenção da taxa básica de juros Selic em seu patamar atual (6,5%) durante os próximos meses.

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