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Copom: trabalho concluído em 2018 e bem encaminhado para 2019.

Confirmando a expectativa da totalidade do mercado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), em sua última reunião de 2018, manteve a taxa básica de juros Selic em 6,5%. A decisão, em meio a um cenário de inflação sob controle e atividade fraca, dá boas condições de trabalho para a equipe econômica que assumirá a partir do próximo ano.

No comunicado divulgado logo após a decisão, o Copom atualizou as projeções para a inflação (IPCA) entre 2018 e 2020, com reduções em todas as estimativas anuais. No cenário de referência (que assume a manutenção de variáveis como juros e câmbio nos patamares atuais), o índice do IBGE projetado para 2018 caiu de 4,4% para 3,7%. Para 2019, a estimativa foi de 4,2% para 3,9% e, caiu de 3,7% para 3,6% na projeção de 2020. Já no cenário em que são utilizadas as curvas de estimativas do mercado para as variáveis, as projeções para o IPCA caíram de 4,4% para 3,7% (2018); de 4,2% para 4,0% (2019) e de 4,1% para 4,0% (2020).

É importante observar que, tanto no cenário de referência como no de mercado, as estimativas para os próximos anos encontram-se abaixo do centro da meta definida pelo CMN. O número é de 4,5% neste ano e de 4,25% a partir de 2019.
Isso reforça a percepção de que o Banco Central sob a gestão de Roberto Campos Neto terá seu início de trabalho em condições favoráveis, com um balanço de riscos inflacionários bastante equilibrado. Nesse sentido, cabe destacar, o comunicado do Banco Central sinalizou uma leitura mais benigna da autoridade monetária em relação à inflação, ao reforçar que “a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da estrutural”. O cenário de manutenção da taxa Selic em 6,5% durante as primeiras reuniões de 2019 está, portanto, mantido.

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